No livro dos Espíritos, de Allan Kardec, na Lei de Igualdade, Questões 817 à 822, encontramos explicações espíritas sobre a igualdade de direitos do homem e da mulher.
Diante de Deus, o homem e a mulher são iguais e têm os mesmos direitos, porque Deus deu a ambos a inteligência do bem e do mal e a faculdade de progredir.
A inferioridade moral da mulher em certos países se origina do Império injusto e cruel que o homem tomou sobre ela. É um resultados das instituições sociais e do abuso da força sobre a fraqueza. Entre os homens pouco avançados do ponto de vista moral, a força faz o direito.
A mulher é fisicamente mais fraca do que o homem objetivando, para lhe assinalar funções particulares. O homem é para os trabalhos rudes, por ser o mais forte; a mulher para os trabalhos suaves, e ambos para se entreajudarem nas provas de uma vida plena de amargura.
A fraqueza física da mulher não a coloca naturalmente sob a dependência do homem. Deus deu a uma a força para proteger o fraco, e não para se servir dele.
Deus conformou a organização de cada ser às funções que deve cumprir. Se deu à mulher uma força física menor, dotou-a, ao mesmo tempo, de maior sensibilidade, relacionada com a
delicadeza das funções maternais e a fraqueza dos seres confiados aos seus cuidados.
As funções para as quais a mulher está destinada pela Natureza, têm uma importância tão grande, quanto às do homem; e ainda maiores. É ela quem lhe dá as primeiras noções de vida.
Os homens sendo iguais diante da lei de Deus, devem sê-lo, igualmente, diante da lei dos homens, porque é o primeiro princípio de justiça.: Não façais aos outros o que não quereríeis que se vos fizessem.
- Segundo isso, uma legislação, para ser perfeitamente justa, deve consagrar a igualdade dos direitos entre o homem e a mulher? (Questão 822)
- De direitos, sim; de funções, não. É preciso que cada um esteja colocado no seu logar. Que o homem se ocupe do exterior e a mulher do interior, cada um segundo sua aptidão. A lei humana, para ser equitativa, deve consagrar a igualdade dos direitos entre o homem e a mulher, pois todo privilégio concedido a um, ou a outro, é contrário à justiça. A emancipação da mulher segue o progresso da civilização, sua subjugação caminha com a barbárie. Os sexos, aliás, não existem senão pela organização física, visto que os Espíritos podem tomar um e outro, não havendo diferença entre eles sob esse aspecto, e, por conseguinte, devem gozar dos mesmos direitos.
" Seja positivo em tudo que você disser ou fizer ".
( SÉRGIO B. CORDEIRO, Cura Interior )
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