domingo, 19 de julho de 2015

DESGOSTO DA VIDA. SUICÍDIO

O LIVRO DOS ESPÍRITOS, ALLAN KARDEC, INSTITUTO DE DIFUSÃO ESPÍRITA.



DE ONDE VEM O DESGOSTO DA VIDA QUE SE APODERA DE CERTOS INDIVÍDUOS SEM MOTIVOS PLAUSÍVEIS?

R: Efeito da ociosidade, da falta de fé e, frequentemente, da saciedade. Para aquele que exercita suas faculdades com um objetivo útil e segundo suas aptidões naturais, o trabalho não tem nada de árido e a vida se escoa mais rapidamente. Ele suporta as vicissitudes com tanto mais paciência e resignação, quanto age tendo em vista uma felicidade mais sólida e mais durável que o espera. (PERG. 943)



O SUICÍDIO QUE TEM POR OBJETIVO ESCAPAR À VERGONHA DE UMA AÇÃO MÁ, É TÃO REPREENSÍVEL COMO O QUE É CAUSADO PELO DESESPERO?

R: O suicídio não apaga a falta, ao contrário, haverá duas em lugar de uma. Quando se teve a coragem de fazer o mal, é preciso ter a de suportar suas consequências. Deus julga, e segundo a causa, pode, algumas vezes, diminuir seus rigores. (PERG. 948)



QUANDO UMA PESSOA VÊ DIANTE DE SI UMA MORTE INEVITÁVEL E TERRÍVEL, É ELA CULPADA POR ABREVIAR DE ALGUNS INSTANTES SEUS SOFRIMENTOS POR UMA MORTE VOLUNTÁRIA?

R: Sempre se é culpado por não esperar o termo fixado por Deus. Aliás, se está bem certo de que esse termo chegou, malgrado as aparências, e que não se pode receber um socorro inesperado no último momento?

- CONCEBE-SE QUE NAS CIRCUNSTÂNCIAS NORMAIS O SUICÍDIO SEJA REPREENSÍVEL, MAS SUPONHAMOS O CASO EM QUE A MORTE É INEVITÁVEL E EM QUE A VIDA NÃO É ABREVIADA SENÃO DE ALGUNS INSTANTES?

R: É sempre uma falta de resignação e de submissão à vontade do Criador.

- QUAIS SÃO, NESSE CASO, AS CONSEQUÊNCIAS DESSA AÇÃO?

R: Uma expiação proporcional à gravidade da falta, conforme as circunstâncias, como sempre.  (PERG. 953)




Finalizando nosso artigo, com a PERG. 957, que resume nosso tema, ou seja, quais são, em geral, as consequências do suicídio sobre o estado do Espírito?

R: As consequências do suicídio são muito diversas: não há penas fixadas e, em todos os casos, são sempe relativas às causas que o provocaram. Mas uma consequência à qual o suicida não pode fugir é o desapontamento. De resto, a sorte não é a mesma para todos: depende das circunstâncias. Alguns expiam sua falta imediatamente, outros em uma nova existência que será pior que aquele da qual interromperam o curso.

Allan Kardec ainda complementa: A observação mostra, com efeito, que as consequências do suicídio não são sempre as mesmas. Mas há as que são comuns a todos os casos de morte violenta, e a consequência da interrupção brusca da vida. Há primeiro a persistência mais prolongada e mais tenaz do laço que une o Espírito e o corpo, por estar esse laço quase sempre na plenitude de sua força no momento em que é quebrado, enquanto que na morte natural ele se enfraquece gradualmente e, no mais das vezes, se rompe antes que a vida esteja completamemente extinta. As consequências desse estado de coisa são a prolongação da perturbação espírita, depois a ilusão que, durante um tempo mais ou menos longo, faz o Espírito crer que está ainda entre o número de vivos. (155 e 165)

A afinidade que persiste entre o Espírito e o corpo, produz em alguns suicidas, uma espécie de repercussão do estado do corpo sobre o Espírito que sente assim, malogrado ele, os efeitos da decomposição e experimenta uma sensação plena de angústias e de horror, e esse estado pode persistir tanto tempo quanto deveria durar a vida que interromperam. Esse efeito não é geral, mas, em nenhum caso, o suicida está isento das consequências de sua falta de coragem e, cedo ou tarde expia sua falta de uma ou de outra maneira. É assim que, certos Espíritos que foram infelizes sobre a Terra, disseram ser suicidas na precedente existência e estar voluntariamente submetidos a novas provas para tentar suportá-las com mais resignação. Em alguns, é uma espécie de ligação à matéria da qual eles procuram em vão se desembaraçar, para alçar aos mundos melhores, mas nos quais o acesso lhes é interditado; na maioria, é o desgosto de ter feito uma coisa inútil, visto que dela naõ experimentaram senão a decepção. A religião, a moral, todas as filosofias condenam o suicídio como contrário à lei natural. Todas nos dizem, em princípio, que não se tem o direito de abreviar voluntariamente a vida; mas por que não se tem esse direito? Por que não se é livre para pôr termo aos sofrimentos?  Estava reservado ao Espiritismo demonstrar, pelo exemplo daqueles que sucumbiram, que isso não é só uma falta como infração a uma lei moral, consideração de pouca importância para certos indivíduos, mas um ato estúpido, visto que com ele nada se ganha. Isso não é a teoria que nos ensina, mas os fatos que ele coloca sob nossos olhos.

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Bom dia amigos, que possamos ter uma semana próspera, com muita paz, saúde e luz! 

Que possamos ter a fé raciocinada e a esperança de um dia melhor: um dia após o outro e assim superarmos as dificuldades ocorridas no nosso caminhar, sempre com Jesus em nossos corações, na certeza de que tudo irá melhorar. E que Deus nos ama e que está dentro de cada um de nós, pois somos filhos de Deus perfeitos!  Estamos a caminho da perfeição, pois nesse nosso planeta Terra é um mundo de provas e expiações, onde todos nós estamos aprendendo com nossos erros e acertos, apenas devemos aprender com nossos erros e assumirmos as consequências de nossos atos sejam eles quais forem. A importância da tão falada reforma-íntima. Nunca estamos sozinhos, nosso Anjo da Guarda está sempre nos amparando desde nosso nascimento, além de nosso guia espiritual (ou mentor espiritual), além de nossos protetores espirituais. Por isso, vamos seguir em frente sempre com Jesus em nossos corações.

Paz e Luz.
Grande abraço fraterno.



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