quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

ESPIRITISMO: ESTUDO E ABORTO. QUANDO O ABORTO É INDICADO?

 Cada um de nós ao reencarnar trouxe o seu passado impresso indelevelmente em si próprio. Já nos referimos aos núcleos energéticos que trazemos em nosso inconsciente pretérito. Espíritos que somos, e pelas inúmeras viagens que percorremos, representadas pelas múltiplas vidas, possuímos no nosso "passaporte" inúmeros carimbos das pousadas onde estávamos no passado. Hoje a somatória dessas experiências se traduz em manancial energético que irradia constantemente do nosso interior para a superfície.




                                                ESTUPRO E ABORTO


(...) Embora o tema seja potencialmente desagradável, não há como ignorá-lo no contexto de nossa situação planetária.

A grande discussão que se coloca é a legitimidade ou não do aborto, quando a gravidez é consequente a um ato de violência física.
(...)

O espírito submetido à violência do aborto sofre intensamente no processo, conforme o seu grau de maturidade espiritual.

Perante a lei Divina sabemos que o espírito reencarnado não deve receber a agressão arbitrária em face da violência cometida por outro.  Violência que gera violência, um ciclo triste que necessita ser rompido com um ato de amor a um entezinho que, muitas vezes, aspira por uma oportunidade de evolução.

O aborto provocado gera, frequentemente, profundos traumas em todos os envolvidos que exrcerbam a dolorosa situação cármica da constelação familiar.


Ninguém é mãe ou filho de outrem por causalidade, há sempre um mecanismo sábio da Lei que visa corrigir ou atenuar sofrimentos.


Há, também, espíritos afins e benfeitores que, visando amparar a futura mãe, optam pela reencarnação na situação surgida.


A vítima do estupro poderá ter ao seu lado toda a luz de alguém que poderá vir a ser seu arrimo e o seu consolo na velhice.


Irmãos cheios de ternura em seu coração, com projetos de dedicação e amparo, aproveitam o momento criado pelo crime para dar diretamente na vida material todo o seu trabalho para aquela que amam.  Renascem como seu filho.


A eliminação da gravidez, por meio do aborto provocado nesses casos, irá anular esse laborioso auxílio que o espírito protetor lamentará ter perdido.


Pelo exposto, a interrupção da gestação, mesmo decorrente da violência, é sempre uma atitude arbitrária e que só ampliará o sofrimento dos familiares.  Se a jovem for emocionalmente incapaz de atender aos requisitos da maternidade, a adoção, preferencialmente, por pessoas de vínculos próximos, deverá ser o remédio indicado.


Se não houver possibilidades, psiquicamente aceitáveis, de recepção por parte dos familiares, encaminhe-se os trâmites da adoção para quem receberá aquela criatura com o amor necessário ao seu processo redentor e educativo.


O tempo se encarregará de cicatrizar os ferimentos dessa alma. 



                           ABORTO INDICADO

A INTERRUPÇÃO DELIBERADA DA GRAVIDEZ nem sempre constitui contraposição às leis naturais.  Há situações peculiares em que não existe outra alternativa, por parte dos pais e mesmo como orientação médica.

O binômio materno-fetal, além de intercambiar energias de natureza extrafísica, mantém uma estreita troca biológica.  Os filtros placentários estabelecem o controle regularizador das substâncias que chegam ao organismo fetal, promovendo uma barreira de proteção ao ser que se forma.

Apesar de toda a fisiologia uterina criar as condições ideais para a proteção e o isolamento embrionário, surgem, às vezes, desajustes orgânicos ou exteriorizações de condição espiritual e genética predisponentes que inviabilizam a gravidez.

Há gestantes que adoecem gravemente durante esse período ou sofrem grave descompensação cardíaca de uma insuficiência já anteriormente existente.

Surge então o momento crítico, em que a preservação da vida da mulher só poderá ocorrer pela supressão da gestação.

Referimo-nos não a prováveis e teóricos riscos que existem em diversos casos de gravidez, mas a uma iminente morte que se delineia com clareza na sequência dos fatos.  Fica, então, estabelecida a situação em que a continuidade da gestação não poderá ser suportada pelo frágil organismo feminino enfermo, que alberga em seu interior outra fonte de sucção contínua de seus recursos vitais.

Faz-se necessário um minucioso estudo médico que caracterizará, de forma técnica, a inexorável afirmação de que a mãe não sobreviverá àquela gestação.
Pelo ângulo espiritual, podemos tomar conhecimento de diversas possibilidades relativamente a causas que geraram a situação mencionada.

A primeira delas refere-se a provas que a mãe, ou os pais, necessitam vivenciar para o seu amadurecimento espiritual.  Nessa circunstância, o espírito que está renascendo também participa da mesma necessidade provacional.  A fragilidade orgânica atual corresponde à exteriorização das desarmonias energéticas decorrentes dos atos pretéritos.

Em outros casos, a gravidez se desenvolve segundo os moldes mentais maternos que substituem o comando perispiritual de uma entidade reencarnante.  A ausência do modelo organizador biológico (espírito/perispírito) também pode inviabilizar a gestação.  Nada iria se cumprir nela.

A esse respeito, vejamos o que na obra basilar de Kardec, O LIVRO DOS ESPÍRITOS, (Kardec, 1992, Questão 359), os espíritos respondem ao emérito Codificador:

Pergunta n 359:

Dado o caso que o nascimento da criança pusesse em perigo a vida da mãe dela, javerá crime em sacrificar-se a primeira para salvar a segunda?

Resposta: Preferível é se sacrifique o ser que ainda não existe a sacrificar-se o que já existe. 

Como podemos observar, não há radicalismos de forma absoluta, no que se refere à não-aceitação do aborto pelos Espíritos Superiores.
  
FONTE: PELO MÉDICO HOMEOPATA GERAL E PEDIATRA RICARDO DI BERNARDI, CAP. 26, DO LIVRO: GESTAÇÃO - SUBLIME INTERCÂMBIO

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