domingo, 19 de janeiro de 2014

CRIANÇA E OBSESSÃO



A CRIANÇA OBSIDIADA

( SUELY CALDAS SCHUBERT, Cap 12, Obsessão/Desobsessão )


" Aliás, não é racional considerar-se a infância como um estado normal de inocência.

Não se vêem crianças dotadas dos piores  instintos, numa idade em que ainda nenhuma influência pode ter tido a educação? ( ... )

Donde a precoce perversidade, senão da inferioridade do Espírito, uma vez que a educação em nada contribuiu para isso? "

( ALLAN KARDEC, O Livro dos Espíritos, Questão 199-a )


Crianças obsidiadas suscitam em nós os mais profundos sentimentos de solidariedade e comiseração.

Tal como acontece ante as demais enfermidades que atormentam as crianças, também sentimos ímpetos de protegê-las e aliviá-las, desejando mesmo que nada as fizesse sofrer.

Pequeninos seres que se nos apresentam torturados, inquietos, padecentes de enfermidades impossíveis de serem diagnosticadas, cujo choro aflito ou nervoso nos condói e impele à prece imediata em seu benefício, são muita vez obsidiados de berço. Outros se apresentam irrequietos, irritados desde que abrem os olhos para o mundo carnal. Ao crescer, apresentar-se-ão como crianças-problemas que a Psicologia em vão procura entender e explicar.

Suely Caldas, afirma que são crianças que já nascem aprisionadas - aves implumes em gaiolas sombrias -, trazendo nos olhos as visões dos panoramas apavorantes que tanto as inquietam. São reminiscências de vidas anteriores ou recordações de tormentos que sofreram ou fizeram sofrer no plano extrafísico, antes de serem encaminhadas para um novo corpo. Conquanto a nova existência terrestre se apresente difícil e dolorosa, ela é, sem qualquer dúvida, bem mais suportável que os sofrimentos que padeciam antes de reencarnar.

O novo corpo atenua bastante as torturas que sofriam, que tinham as suas nascentes em sua própria consciência que o remorso calcinava. Ou no ódio e revolta em que se consumiam.

E as bênçãos de oportunidades com que a reencarnação lhes favorece poderão ser a tão almejada redenção para essas almas conturbadas.




A Misericórdia divina oferecerá a tais seres instantes de refazimento, que lhes chegarás por vias indiretas e, reiterados chamamentos para que se redimam do passado, através da resignação, da paciência e da humildade.

Crianças que padecem obsessão devem ser tratadas em instituições espíritas através do passe e da água fluidificada, sendo imprescindível receberem atenção e amor para que se sintam confiantes e seguras em nosso meio. Tentar cativá-las com muito carinho, porque somente o amor conseguirá refrigerar essas almas cansadas de sofrimentos, ansiando por serem amadas.

Fundamental, a orientação espírita aos pais, para que entendam melhor a dificuldade que experimentam, tendo mais condições de ajudar o filho e a si próprios, pois provavelmente são os cúmplices ou desafetos do pretérito e agora reunidos em provações redentoras. Devem ser instruídos no sentido de que façam o Culto do Evangelho no Lar, favorecendo o ambiente em que vivem com os eflúvios do Alto, que nunca falta àquele que recorre à Misericórdia do Pai.

A criança deve ser levada às aulas de Evangelização Espírita, onde os ensinamentos ministrados dar-le-ão os esclarecimentos e o conforto de que tanto carece.

O número de crianças obsidiadas tem aumentado consideravelmente

Um caso real  gravíssimo de uma criança com problemas de ordem obsessiva:  " Certa criança de três anos e alguns meses, vinha tentando o suicídio das mais diferentes maneiras, o que lhe resultara, inclusive, ferimentos:  um dia, jogou-se na piscina; em outro, atirou-se do alto do telhado, na varanda de sua casa; depois quis atirar-se do carro em movimento, o que levou os familiares a vigiá-la dia e noite.  Seu comportamento, de súbito, tornou-se estranho, maltratando especialmente a mãe, a quem dirigia palavras de baixo calão que os pais nunca imaginaram ser do seu conhecimento.

Foram feitas reuniões de desobsessão em seu benefício, quando se verificaram as origens do seu estado atual. Atormentada por muitos obsessores, seu comprometimento espiritual é muito sério.

As outas crianças, tinham sintomas semelhantes:  acordavam no meio da noite,inconscientes, gritando, falando e rindo alto, não atendiam e em respondiam aos familiares, nem mesmo dando acordo da presença destes.

Todas são menores de cinco anos.

Com a terapêutica espírita completa, essas crianças melhorara sensivelmente, sendo que três retornaram ao estado normal.

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